O vice-governador e secretário da Agricultura e do Abastecimento, Orlando Pessuti, detalhou em Brasília os procedimentos adotados pelo Paraná no combate à febre aftosa e disse que o agronegócio é uma questão de segurança nacional. Pessuti participou de uma reunião com a bancada de deputados e senadores do Paraná na sala da Presidência da Comissão de Agricultura, na Câmara dos Deputados.
O objetivo do encontro foi esclarecer os representantes do Poder Legislativo sobre a ameaça da aftosa no Paraná e todos os procedimentos adotados pelo Governo do Estado, através da Secretaria da Agricultura, na prevenção da doença. ?Diante dessa situação crítica, o governo do Paraná tem atuado com a maior transparência e rigor na luta contra a aftosa?, disse.
A mesma transparência foi elogiada pelos parlamentares de diferentes partidos políticos, que participaram da reunião. Eles foram unânimes em reconhecer a seriedade com que o Paraná está atuando para impedir que a febre aftosa atinja o seu rebanho.
Segundo o deputado federal Moacir Micheletto, o momento da agropecuária nacional é crítico e necessita uma profunda reflexão. ?Nesta crise, precisamos da união de todos, sem barreiras políticas e ideológicas. É necessário todo o nosso esforço para que o Brasil supere essa situação e continue sendo um grande campeão na venda de proteína tanto animal como vegetal para o mundo?, disse.
Durante o encontro, Pessuti expôs detalhadamente todos os procedimentos adotados pela Secretaria da Agricultura desde o dia 10 de outubro, quando o Ministério da Agricultura notificou a Secretaria sobre os focos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul.
?Desde então, baixamos várias resoluções, assumimos um controle rigoroso do movimento dos animais, intensificamos as visitas de inspeção às propriedades, fizemos o rastreamento de animais que vieram de Mato Grosso do Sul e dos que saíram das exposições e leilões realizados no Estado, enfim, fizemos todo o possível para manter a aftosa longe de nosso rebanho?, comentou.
Investimentos
Quanto aos investimentos que o Paraná faz na defesa agropecuária, o vice-governador destacou a compra de 100 veículos usados nas atividades de defesa sanitária, a aquisição de 150 computadores e a contratação de 100 técnicos.
?No momento, são mais de 300 profissionais que atuam nas 30 barreiras fixas e nas 28 barreiras volantes em todo o Estado?, afirmou. Pessuti também destacou a atuação dos conselhos municipais e intermunicípios de sanidade agropecuária na luta contra a aftosa.
?Em 2004, o governo do Paraná investiu R$ 27 milhões em defesa agropecuária. Este ano, até setembro, já investimos R$ 20 milhões. Até final de 2005, devemos investir entre R$ 28 milhões e R$ 30 milhões?, ressaltou.
Na reunião, foi proposto o não-contingenciamento de recursos para a defesa sanitária animal e vegetal. ?A situação da aftosa coloca em risco toda a economia extraordinária que o Brasil possui em agronegócios. Por isso, através da Comissão de Agricultura, vamos nos esforçar, ao máximo, para que o relator entenda que todo o dinheiro do orçamento para a sanidade animal e vegetal não seja contingenciado, já que estamos tratando de segurança alimentar e segurança nacional?, concluiu.
