O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a pedir hoje, diante de uma platéia formada por empresários e chefes de estado de diversas nacionalidades, o compromisso de todos os países para o combate à fome e à pobreza no mundo.
Segundo o presidente brasileiro, não existe apenas uma forma para isso. Ele sugeriu algumas alternativas, como criar um fundo de transação financeira ou até um fundo a partir da venda de armas. O nome e a paternidade do fundo não importam. Importa é o compromisso, afirmou Lula. "Uma parcela pequena poderia fazer um mundo mais justo e mais solidário. Este é o meu sonho", disse ele. Lula já havia convocado empresários estrangeiros a doarem 0,01% do valor de cada aplicação financeira para combater a fome e a miséria mundial. Uma taxa mínima de 0,01% proporcionaria US$ 17 bilhões por ano.
Lula participa, neste momento, de uma sessão no âmbito do Fórum Econômico Mundial, intitulada "Financiando a Guerra contra a Pobreza". O presidente da Microsoft, Bill Gates, o secretário do Tesouro da Inglaterra, Gordon Brows, e o ministro da Economia da Itália, Domenico Siniscalco, também participam da sessão.
O presidente lembrou que, muitas vezes, as coisas se tornam difíceis porque os países ricos não querem ceder. "Se nem na relação comercial é possível convencer do fim dos subsídios agrícolas, o resto fica mais difícil", afirmou Lula. Ele voltou a defender a necessidade de se criar uma política para que os países pobres tenham condições de igualdade de comércio com os ricos.