O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender uma "reforma abrangente" da Organização das Nações Unidas (ONU), sobretudo do seu Conselho de Segurança. Em discurso no Palácio do Planalto, Lula agradeceu o apoio que o Senegal deu ao Brasil, na defesa da presença permanente do País em um conselho ampliado. O presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, por sua vez, reiterou o apoio ao Brasil e pregou a reparação do que chamou de "injustiça histórica" por ser a África o único continente que não tem representação na instituição. "Isto não é normal", completou o presidente africano.
Lula cumprimentou Abdoulaye Wade pela sua "recente recondução ao comando do país pelos eleitores", citou que o governo de Wade também luta pela inclusão social e disse que quer levar a parceria entre os dois países, cada vez mais, para foros internacionais. "O mundo tem de ouvir a nossa voz", afirmou Lula em seu discurso, acentuando que "sabemos que nossa participação ativa nos processos decisórios multilaterais é indispensável para atender os anseios de nossas populações".
Lula reiterou a necessidade de rápida conclusão da Rodada Doha, "de forma a beneficiar os países mais necessitados". E insistiu: "para isso, precisamos convencer as nações ricas a eliminar subsídios agrícolas que impedem que os agricultores nos países em desenvolvimento prosperem por força de seu trabalho e de sua competitividade".