Lula volta a considerar “terrorismo” crimes no Rio de Janeiro

Em discurso hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a se referir a episódios da criminalidade no Estado do Rio de Janeiro como ação de terroristas. Ao comentar que o governador Sérgio Cabral podia contar com o apoio do governo federal, lembrou o episódio do ônibus da Itapemirim incendiado às vésperas do réveillon, que deixou oito mortos.

"E você, Sérgio, não tem momento, não tem hora, a hora que precisar ligar. Obviamente que acontece o que aconteceu com a chuva, acontece o que aconteceu com o vandalismo, porque aquilo é terrorismo, aquilo não é bandido comum. Pegar um ônibus, tocar fogo e ver pessoas morrendo, tem que ser tratado como terrorismo de Estado, porque é uma provocação ao Estado brasileiro. Não tem meio termo nisso. Não é um bandido comum, é uma ação preparada de desacato ao Estado brasileiro, e, portanto, nós temos que tratar assim e enfrentar", afirmou o presidente.

O discurso foi feito no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governo do Estado, onde Lula assinou convênio para obras de reurbanização da Rocinha. A imprensa não acompanhou a cerimônia de assinatura. O discurso foi distribuído pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República.

Mais tarde, em entrevista, Lula voltou a tocar no tema segurança e disse que a eleição de Cabral permitiu "que acontecesse uma coisa que sempre deveria ter existido no Rio de Janeiro: a integração com o governo federal". O presidente lembrou que o Estado foi capital do País e afirmou que o Rio "não pode ser relegado a aparecer nas páginas dos jornais apenas por conta da violência". Lula se disse otimista com a situação no Estado e evitou críticas a gestões anteriores.

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