O presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT-SP), informou hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve almoçar amanhã com líderes da base aliada do governo, para tratar da agenda de votações da Casa. João Paulo confirmou a realização hoje de um jantar com líderes da base e da oposição para dar início às negociações. Segundo ele, a reunião de hoje servirá para avaliar o mérito de cada proposta da pauta a fim de se fazer um acordo que atenda à expectativa de todos os partidos.
Um dos pontos de divergência entre base e oposição, o projeto de lei que cria o Conselho Federal de Jornalismo (CFJ) deve centralizar as discussões. De acordo com o deputado, o PFL e o PSDB têm exigido a rejeição do projeto como ponto de partida para um acordo que permita a votação das 21 medidas provisórias (MP) que estão na pauta. “Estou admitindo esse acordo, estou conversando com os líderes. É um pedido do PFL e do PSDB que estou analisando com carinho, e estou conversando com as outras partes também para que isso seja objeto de um grande acordo de modo que se possa votar matérias importantes e, outras, rejeitar”, explicou.
Partidos que compõem a base aliada, PMDB e PPS devem decidir amanhã se permanecem em obstrução ou aderem a um acordo. João Paulo mostra otimismo em relação ao fim da obstrução dos dois partidos. “Tenho impressão de que o PMDB, em sua maioria, está optando pelo caminho de destrancar a pauta e começar a votar as matérias, e o PPS também. Espero que a Câmara dê um grande exemplo de maturidade e vote matérias importantes favoravelmente e aquelas que são complexas, que a gente rejeite”, disse João Paulo. A obstrução é um recurso regimental usado pelos partidos para impedir votações em plenário.
O PMDB deve reunir a Executiva Nacional na quarta-feira para decidir se permanece na base aliada do governo. De acordo com o líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP), a base aliada deseja que o PMDB permaneça apoiando o governo. Entretanto, segundo Luizinho, esta “é uma decisão interna do partido”. Luizinho também concorda que a rejeição do projeto que cria o Conselho de Jornalismo, conforme pedem PFL e PSDB, está condicionada a um acordo. “O que tem de ficar claro que não é possível adotarmos uma posição sobre o projeto sem ser dentro de um acordo amplo e geral”, disse.
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna