Lula, Néstor Kirchner (Argentina), Nicanor Duarte (Paraguai), Jorge Ibáñez (Uruguai) participarão da reunião em Puerto Iguazú – cidade argentina que forma a tríplice fronteira com o Brasil (Foz do Iguaçu) e o Paraguai (Ciudad del Este).
Segunda a chancelaria argentina, outros 10 chefes de estado confirmaram a presença na cúpula, entre eles os presidentes Carlos Mesa (Bolívia), Ricardo Lagos (Chile), Alejandro Toledo (Peru), Hugo Chaves (Venezuela), Lucio Gutiérrez (Equador) e Alvaro Uribe (Colômbia).
O evento também terá participação de representantes da União Européia e missões comerciais do Egito, Índia e Japão. Cerca de mil visitantes, entre chefes de estados e assessores, são esperados para o ato.
A decisão realizar a cúpula em uma das cidades limítrofes da tríplice fronteira tem uma forte carga simbólica depois das pressões de EUA e de boatos na imprensa internacional sobre a suposta presença de células terroristas na região.
Além da prestação de contas de Kirchner, que passará a presidência Lula, de prático, os presidentes do Mercosul vão reforçar os acordos, muito deles já firmados, de combate ao narcotráfico, contrabando, tráfico de armas, pirataria e lavagem de dinheiro. Há ainda a ratificação de um acordo inédito na área de defesa do consumidor.
A construção do Parlamento do Mercosul – pleiteada por Puerto Iguazu – e da segunda ponte entre o Brasil e Paraguai, além da implantação do “Visto do Mercosul” e do passaporte padronizado, da instituição da moeda única e de novos acordos regionais estão na pauta de discussão dos presidentes.
Kichner avaliará positivamente sua interinidade. Em dezembro de 2003, quando o argentino assumiu a presidência pró-tempore, o mercado traçou o “Programa de Trabalho 2004-2006”. Parte do programa foi cumprido satisfatoriamente.