Lula teve melhora espetacular na pesquisa CNT/Sensus

Brasília – A melhora da posição eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) encomendada ao Instituto Sensus, divulgada hoje, foi espetacular pelo que se pode deduzir dos números divulgados hoje em Brasília.

Ao contrário da recente sondagem do Instituto Datafolha, que atribuía ao prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), uma vantagem de oito 8 porcentuais nas simulações de segundo turno, o Sensus registrou uma superioridade de 10 pontos de Lula sobre o tucano.

Embora os dois levantamentos não sejam tecnicamente comparáveis, os resultados a que chegaram o são. Isso significa que, no intervalo de duas semanas, o presidente não somente teria superado o principal adversário, mas aberto sobre ele uma diferença surpreendente.

Na CNT/Sensus, em três meses (a última pesquisa do instituto havia sido feita no início de novembro), Lula saiu de uma situação de desvantagem para a condição de franco favorito. Os dados da CNT apresentam, contudo, um viés um tanto curioso. Os índices dele subiram, provavelmente, mediante a adesão de indecisos e de poucos eleitores dos dois principais adversários, Serra e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Em novembro, o prefeito de São Paulo tinha 41,5% e agora tem 37,6% dos votos. Lula possuía 37,6% e subiu para 47,6%. Teoricamente, apenas 3,9 pontos de Serra mudaram de lado, enquanto o presidente ganhou 10 pontos.

Em relação a Alckmin, verifica-se um fenômeno semelhante Ele tinha 32,2% em novembro e agora tem 29,7%. Lula possuía na simulação com Alckmin 40,8% e agora passou a 51,3% – o tucano perdeu somente 2,5 pontos enquanto o petista subiu 10,5 pontos.

Esses números sugerem que a evolução positiva do projeto de reeleição do presidente pode se dar entre os eleitores indecisos, os que pretendiam votar em branco ou anular o voto e, evidentemente, com base nas perdas dos adversários, embora não seja provável que todos os eleitores perdidos pelo prefeito e pelo governador de São Paulo tenham decidido votar em Lula.

A relativa estabilidade dos índices obtidos por Serra e Alckmin sugere, por fim, que a candidatura do presidente pode estar próxima a esgotar o potencial de crescimento, tendo em vista o índice de 35,8% de rejeição ao nome dele, que é 100% conhecido do eleitorado. É uma taxa elevada, apesar de ser o menor dentre os candidatos possíveis na eleição de outubro.

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