O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra na próxima semana com os governadores eleitos filiados a partidos da base aliada. Segundo ele, a reunião está sendo marcada pelos próprios governadores e, até o momento, não foi fechado o dia exato do encontro.
Na reunião serão discutidas a coalizão que o governo pretende contar para garantir sustentabilidade no Congresso.
Tarso Genro informou também que depois desse encontro o presidente quer marcar reuniões com governadores da oposição. Ele citou como exemplos os governadores eleitos de São Paulo José Serra, e do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, os dois tucanos. O ministro destacou ainda os encontros individuais que Lula teve hoje com os governadores da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Roberto Arruda (PFL). "Independentemente de vozes mais ou menos duras na oposição, há um grande espaço para concertação e o diálogo em cima de uma questão estrutural, que é a reforma política", afirmou.
Lula, segundo o ministro, está aberto, inclusive, a discussões sobre dívidas dos estados. "Há uma demanda universal dos governadores em relação ao preso da dívida. Esta questão está sendo estudada pelo governo mas, qualquer estudo, não se chocará com a Lei de Responsabilidade Fiscal", afirmou.
Temer
Tarso confirmou ainda para quarta-feira o encontro entre Lula e o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). A intenção do Planalto é apaziguar os ânimos no PMDB depois que privilegiou negociações isoladas com algumas lideranças peemedebistas, como os senadores Renan Calheiros e José Sarney.
O ministro Tarso Genro relatou que em conversas hoje com Renan e Sarney no Planalto o presidente informou a eles que na semana que vem fará um rodízio de discussões com as direções dos partidos. "Ele (Lula) não tem nenhuma postura de exclusão", afirmou. Genro evitou fazer comentários sobre a reunião que o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, promoveu hoje em Florianópolis com os governadores do partido. Ele limitou-se a dizer que Lula pretende manter o diálogo com todas as facções do partido. "Queremos que o PMDB se agregue internamente para trabalhar com o governo, formando uma coalizão política".