"Sou contra a pena de morte na vida política e na vida normal". A frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante entrevista coletiva a emissoras de rádio, foi proferida em defesa do deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Lula, que já havia saído em defesa de Dirceu, voltou a defender que julgamentos só ocorram após a conclusão das investigações.

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No entendimento do presidente, até agora, não existem provas de irregularidades cometidas pelo ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). "Quando você mancha o nome de uma pessoa depois você não reconstrói mais", afirmou. "Eu defendo que haja apuração, investigação. Agora eu sou contra a pena de morte na vida política e na vida normal".

Lula também afirmou que, caso concorra à reeleição, Dirceu subirá em seu palanque. "Eu levaria (Dirceu) para o palanque até porque ele foi cassado e não foi provado nada contra ele".

Dirceu foi cassado no dia 30 de novembro. O processo disciplinar movido na Câmara dos Deputados a partir de representação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) acusava o ex-ministro da Casa Civil de ser o coordenador de um esquema de pagamento irregular a deputados para que votassem a favor de projetos de interesse do governo, o chamado "mensalão".

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Para o presidente, afirmar que as autoridades têm que saber de tudo que ocorre no território nacional é uma simplificação. "Quantas mães de famílias, quantos pais de família têm um filho dentro de casa que está praticando algum delito, que está usando droga e não sabe. Só fica sabendo quando a polícia prende, quando acontece alguma desgraça", comparou.

Lula, no entanto, destacou que o desconhecimento não tira a responsabilidade das autoridades. Segundo ele, diante de uma irregularidade é preciso tomar providências. "O que não pode é abrir mão da responsabilidade. A responsabilidade é minha, é de qualquer ministro".

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