Lula, sobre PT nos ministérios: “Quem decide sou eu”

Embora pareça inclinado a nomear a ex-prefeita Marta Suplicy para o Ministério da Educação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu nesta quarta-feira (14) sinais contraditórios, ao mostrar disposição de resistir à pressão feita pelo PT para obter mais espaço no primeiro escalão com a reforma ministerial que deverá ser anunciada depois do carnaval. À saída de almoço oferecido no Itamaraty ao presidente da Bolívia, Evo Morales, Lula foi abordado por jornalistas que fizeram perguntas sobre o apetite dos petistas por cargos e sorriu. "Eles podem até querer, mas quem decide sou eu", disse ele.

No Itamaraty, Lula sentou-se, como é de praxe, ao lado de Evo, dividindo a mesa também com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o senador José Sarney, ambos do PMDB, outro partido empenhado em ampliar sua fatia no ministério. Também se sentou à mesa principal um petista: o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia. Ao comentar com repórteres o andamento da reforma ministerial, Renan e Sarney se divertiram com o fato de que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, é filiado ao PMDB, embora não participe de atividades partidárias.

Aos jornalistas, o presidente indicou não ter pressa de concluir as negociações da reforma ministerial. "Estou fazendo reflexões" afirmou. "Não trabalhem com uma data." Lula brincou, garantindo que os acertos para trocas no primeiro escalão se encontram muito menos adiantados do que de fato estão. "Só quem tem cargo definido sou eu e Zé Alencar", disse, referindo-se ao vice-presidente José Alencar.

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