O presidente Luiz Inácio Lula da Silva no seu retorno ao programa de rádio Café com o Presidente, que ficou fora do ar por sete meses, devido a legislação eleitoral, disse estar mais otimista com a volta das discussões de comércio dentro da Rodada Doha, "porque há uma vontade política de que essas coisas aconteçam. Todo mundo sabe que se não acontecer um acordo sobre o comércio agora, a OMC (Organização Mundial do Comércio) vai perder credibilidade, ou seja as pessoas vão se perguntar por que ela existe?.
Lula acredita que a Rodada Doha vá se fechar até abril e que ele mesmo vai telefonar, "por estes dias", para os presidentes dos países envolvidos em negociações. Ele disse que a rodada "Não é mais um problema dos negociadores porque eu disse ao Tony Blair (premiê britânico) que, em algum momento, nós vamos ter que ter cinco minutos de estadistas dentro de nós e vamos tomar uma decisão. Uma decisão que possa significar apontar para os países mais pobres do mundo uma esperança de que o século 21 vai dar a eles a oportunidade de se desenvolver. O País, além de apresentar essas propostas, tem no programa do biodiesel e no do álcool grandes programas que podem ajudar os países pobres a se desenvolverem".
De acordo com Lula, "não adianta os países ricos acharem que vão ajudar os países pobres dando um pouquinho de dinheiro. Não, é muito melhor a gente investir em projetos de desenvolvimento nos países mais pobres. Eu participei de uma reunião e lá fiz questão de dizer que a decisão agora é eminentemente política, não mais econômica. É uma decisão em que os presidentes e os primeiros-ministros, as pessoas que têm responsabilidade de tomar a decisão, vão ter que dizer se querem ou não querem".