Ao sancionar a lei que cria o programa ?renda mínima?, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que não cobrem dele resultados imediatos desse programa, que só começará a ser implementado em 2005. ?Não é possível, em passe de mágica, arrumar todos os recursos de que precisamos para fazer a lei acontecer?, afirmou.
Ele comparou a lei à construção de um barco, afirmando que ele só estará completo quando for colocado no mar. Disse, também, que se trata de uma meta a ser implantada gradualmente. Lula citou o bolsa-família como um programa social já em andamento, observando que o programa atende 3,6 milhões de famílias e que, em 2006, beneficiará 45 milhões de brasileiros, o que significará 25% da população do País. ?Estamos transformando excluídos em protagonistas da vida social?, afirmou.
O senador Eduardo Suplicy, autor do projeto que resultou na lei da ?renda mínima? e foi chamado por Lula de personagem ?teimoso?, também discursou, emocionado e com voz embargada. Chamando o presidente de ?você?, ele disse que a sanção da lei só estava sendo possível porque o Brasil elegeu Lula, que tem ?vontade e disposição de fazer justiça?. (Leia mais na edição de amanhã do jornal O Estado do Paraná)