O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negociou nesta terça-feira (3) o apoio do PMDB à campanha pela reeleição. No Palácio da Alvorada, Lula recebeu o candidato do partido ao governo de Goiás, senador Maguito Vilela, o presidente do diretório na Bahia, deputado Geddel Vieira Lima. O senador Ney Suassuna, que perdeu a eleição por mais oito anos no Senado, também esteve no palácio. Suassuna suposto envolvido no esquema dos "sanguessugas", confirmou que o PMDB continuará com Lula.
Em estado de graça, Jacques Wagner, eleito governador da Bahia, participou dos encontros. Ele, na prática, virou o coordenador da campanha do presidente. O professor Marco Aurélio García, escolhido por Lula para preencher oficialmente o cargo, é apenas uma "peça decorativa e burocrática", segundo um parlamentar aliado que esteve ontem no Planalto. "Já me ofereci para ir à fronteira da Bahia com Goiás para ajudá-lo", contou Wagner após sair do Alvorada, referindo-se a Maguito Vilela. Wagner, o "comandante" da campanha pela reeleição, também costurou ontem o apoio do PMDB baiano, adversário do grupo de Antonio Carlos Magalhães.
Ao sair do Alvorada, Maguito Vilela, disse que o PMDB de Goiás está 100% unido em torno da campanha pela reeleição de Lula. "Acho que esse é o melhor caminho para todo o PMDB", afirmou ele referindo-se aos diretórios do partido nos outros estados. Após conversa com Lula, Maguito demonstrou a expectativa de que terá 100% do apoio do PT goiano.
Já ao prefeito de Goiânia, Iris Rezende, que também participou da conversa, o presidente Lula disse que pretende chamar lideranças nacionais e partidos aliados para "sacudir" a campanha nacional. "Ele (Lula) pretende chamar as lideranças para integrar uma comissão de fôlego no segundo turno", disse Rezende. O presidente, segundo o prefeito, também confirmou que pretende participar de todos os debates programados com o adversário Geraldo Alckmin programados pelas emissoras de televisão.
