Lula reclama dos especuladores e analistas econômicos

No momento em que o mercado global apresenta recuperação, após os abalos da semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou hoje dos especuladores e analistas econômicos. Em rápida entrevista após participar de um encontro de idosos, ele voltou a assegurar que a economia brasileira está estável e sólida. "Não é possível que um cidadão fale uma coisa em off e isso vire um pandemônio nos mercados internacionais", disse Lula referindo-se aos que recomendam cautela nos investimentos em países como o Brasil.

Lula, no entanto, reconheceu que o País precisa ficar atento às variações do mercado. "O Brasil tem consolidado sua macroeconomia e não temos que ter preocupação. Obviamente que temos sempre de ficar atentos", disse o presidente.

Um dia depois de agricultores cobrarem aumento do dólar, Lula reclamou das pressões para a mudança no câmbio. "As pessoas reclamam. Uns querem câmbio a R$ 2,30 e outras a R$ 2,50, como se pudesse, num poder de mágica, o presidente do Banco Central ficar dizendo que hoje o dólar vai ser assim, amanhã vai ser assim", disse. "Ele (o dólar) vai se ajustar num patamar que vai ser justo para todo o mundo", acrescentou.

O presidente reafirmou que, diferentemente de outras épocas, o País não tem de temer, por exemplo, a posição do presidente Federal Reserve. "O Brasil não tem que ficar temendo o discurso do presidente do banco central americano", salientou. "Temos solidez econômica.

Na última quarta-feira, Lula disse em entrevista no Palácio do Planalto que o País tem dinheiro suficiente para "agüentar os trancos" das variações do mercado internacional. Já numa viagem a Aguiarnópolis, Tocantins, no início da semana, o presidente informou que não faria mudanças na política de câmbio.

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