A Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização (Fenaseg) apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a idéia de criar um seguro de vida pago pelo governo para as 11 milhões de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. Segundo o presidente da Fenaseg, João Elísio Ferraz de Campos, que apresentou a proposta na quinta-feira, no Palácio do Planalto, em Brasília, com outros representantes do setor, Lula gostou muito da proposta.
"A idéia é viabilizar isso agora para começar no ano que vem, incluir essa entre as medidas para destravar o crescimento", contou Ferraz de Campos. Ele explicou que a idéia saiu do próprio governo, mais especificamente do superintendente de Seguros Privados, Renê Garcia. "O Renê diz que seguro é mais importante para quem não tem dinheiro", afirmou.
Ainda não há números definidos para o seguro, mas, segundo Ferraz, será um produto popular, custando algo entre R$ 5 ou R$ 6 mensais, que daria prêmios entre R$ 8 mil e R$ 10 mil, mais um auxílio funeral em torno de R$ 800 a R$ 1500, variando conforme o Estado. "Em vez do governo aumentar o Bolsa Família em R$ 5 ou R$ 6, usa isso para fazer um seguro de vida. Em caso de sinistro a família pode até fazer uma casa", disse Ferraz. Ele estima que isso geraria para o setor cerca de R$ 300 milhões por ano. "O mais importante para o mercado é penetrar na baixa renda", afirmou. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que também estava presente, gostou muito da idéia, segundo Ferraz.