Lula recebe apoio do presidente da Federação das Indústrias de MG

Além dos contatos políticos, o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, dedicou parte da agenda em Minas Gerais a encontros com empresários. Lula recebeu manifestação de apoio do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Robson Braga de Andrade.

Depois, almoçou com a direção da Fiat no Brasil. Em resposta, fez o discurso que mais agrada aos empresários, prometendo que, no primeiro ano do eventual governo  fará as reformas tributária e previdenciária, baixará os juros e trará de volta ao País o crescimento econômico. Na Fiemg, segundo Andrade, a maioria dos empresários apóia o candidato da Coligação Lula Presidente.

Os dirigentes da montadora italiana disseram a Lula que a empresa tem a capacidade de produzir 600 mil carros por ano, mas está limitada, atualmente, a 390 mil, porque não há consumo interno. Lula afirmou que reativará o Proálcool. A direção da Fiat comunicou ao petista que a empresa está investindo R$ 5 milhões para um programa de fabricação de veículos a álcool.

Participaram do almoço Mauro Pesquero, diretor de assuntos institucionais da multinacional, Roberto Vedovato, presidente da Fiat no Brasil, Alberto Gighielmo, superintendente  e José Eduardo Pereira, diretor de assuntos corporativos.

Depois do encontro com Lula, o presidente da Fiemg, Robson Andrade, afirmou que a entidade é pluralista e lá cada um tem sua preferência.

Mas, segundo ele, uma pesquisa recentemente encomendada pela Fiemg revelou que os empresários mineiros apóiam maciçamente o senador José Alencar, candidato a vice-presidente e ex-presidente da federação, e, conseqüentemente, Lula. O presidenciável do PT recebeu do presidente da entidade o documento ?Compromisso com Minas – Propostas da Indústria Mineira para o Desenvolvimento?, onde estão listados pontos que os empresários consideram básicos para a retomada do crescimento econômico.

Andrade acompanhou Lula no pronunciamento que ele fez após a reunião, com um adesivo de campanha do petista colado pouco abaixo do ombro esquerdo.  Afirmou que as propostas de Lula estão afinadas com as da entidade e defendeu um programa voltado para o desenvolvimento econômico e o crescimento do País  o que implicaria na redução das taxas de juros.

O presidente da Fiemg disse que ?as empresas têm de ter uma rentabilidade, um retorno do capital que seja pelo menos compatível com aquilo que são as taxas de juros?, que são pagas hoje (18% ao ano).

Segundo Andrade, há hoje no Brasil uma ?transferência enorme de recursos do setor produtivo para o setor financeiro e para o próprio governo?.

?Nós estamos pedindo que haja uma mudança e o Lula se comprometeu exatamente com isso?, afirmou, ressaltando que falava como empresário.

?Precisamos de alguém que valorize mais o mercado interno, que apóie a indústria nacional, que privilegie o trabalho e deixe de ver o País como apenas um grande banco.?

Lula agradeceu à manifestação do líder empresarial e ressaltou a influência de Alencar no meio empresarial mineiro. ?Para nós, é gratificante receber o apoio e o carinho de tantos empresários importantes de Minas Gerais e todos vocês sabem que parte desse apoio se deve ao que representa o meu querido companheiro José Alencar?. O candidato a vice presidiu a Fiemg entre 1989 e 1994. Hoje, é considerado o presidente de honra da entidade.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo