Lula reafirma disposição do governo de combater a corrupção

Em discurso que fez, há pouco, na posse do novo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, o presidente Lula da Silva reafirmou a disposição do governo de combater a corrupção e defendeu a manutenção da "linha independente" verificada atualmente na chefia do Ministério Público.

"Durmo todo dia com a consciência tranqüila de que, na minha gestão, jamais pedi que algum processo não tivesse prosseguimento", disse o presidente. "Este País tem hábitos, tem vícios, tem costumes que precisam ser retirados da nossa vida. Todo e qualquer brasileiro é favorável ao combate à corrupção nos outros, não nele. Todo brasileiro é favorável a investigação dura nos outros, não nele. Portanto, o que precisamos é mudar".

E isso, segundo ele, só ocorrerá quando houver "instituições fortalecidas, respeitadas, funcionando democraticamente e respeitando as regras criadas pelo próprio ser humano". O presidente disse que fica "muito magoado", muitas vezes, quando pessoas são execradas antes de comprovada a sua culpa. "Depois, quando fica provado que são inocentes, elas não têm, nunca, o mesmo espaço para provar essa inocência", lamentou.

Ao defender o equilíbrio na função de procurador-geral da República o presidente salientou esta virtude é necessária em função da responsabilidade das instituições em geral. "Quanto mais poder temos, mais responsabilidade temos de ter ", afirmou. "Quanto mais poder temos, mais cuidado temos de ter ao abrir a boca e proferir uma palavra".

Ele encerrou o discursos assegurando ao novo procurador-geral: "Deste presidente, que tem mandato até 31 de dezembro do ano que vem, ou melhor, até o dia 1º de janeiro de 2007, você pode receber chamado para tomar café ou participar de atividades, mas você nunca será procurado pelo presidente da República para pedir que você engavete um processo contra quem quer que seja, neste País".

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