Lula reafirma disposição de criar política de desoneração fiscal

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta sexta-feira (24) a disposição do governo de criar ?uma política de desoneração fiscal para facilitar as vendas? da indústria. ?Quanto mais uma empresa vender, mais trabalhadores ela poderá contratar, e assim estes vão poder dedicar uma vida mais digna às suas famílias?, afirmou o presidente no discurso em São Bernardo do Campo (SP), nas comemorações dos 50 anos de inauguração da fábrica da Mercedes Benz no Brasil, hoje Daimler Chrysler.

O presidente lembrou que está ?há 15 dias fazendo reuniões sistemáticas, quase todos os dias, com os ministérios, para  criar fórmulas capazes de destravar o país, desobstruir as amarras legais, os impasses da economia, do meio ambiente e de outras instituições?, que, segundo ele, ?parece que foram criadas para evitar que o Brasil dê o alto de qualidade que precisa dar?.

?Desde os anos 80 este país extraordinário cresce a índice muito pequeno?, afirmou, lembrando que em 2004 o crescimento foi de 5%, mas em 2005 só chegou a 3%. ?Achamos que tem uma trava atrapalhando, uma série de penduricalhos impedindo que o Brasil dê um salto de qualidade?.

O presidente Lula disse que as reuniões que vem mantendo visam submeter ao Congresso Nacional ?mudanças na legislação para destravar o país, para que cresçam os investimentos, para que os estados possam investir mais e as empresas tenham condições de vender mais?.

O presidente mencionou a criação do programa ?Pró-Caminhoneiro?, um incentivo para a compra de novos caminhões com crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). ?Essa política vai permitir não só a renovação da frota de ônibus e caminhões, mas  também que a indústria automobilística tenha um dinamismo maior, garantindo não apenas o emprego de seus trabalhadores, mas  também a criação de dezenas ou centenas de milhares de novas vagas?.

O presidente afirmou que em seu primeiro mandato foi possível executar ?a mais forte política social já feita no país, assim como a maior política de transferência de renda. Além disso, conseguimos solidificar a credibilidade externa e interna do Brasil. Conseguimos na macroeconomia dar sustentabilidade, e estabelecer a confiança que o povo brasileiro precisava para que a gente empunhasse outras esperanças e outras expectativas na cabeça do povo brasileiro?.

O governo que vai se iniciar no segundo mandato a partir de janeiro, segundo Lula, estará concentrado em três pilares básicos: desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade. ?Por isso, estamos desde já trabalhando com essa finalidade?.

O presidente lembrou em seu discurso que já conhece a porta da fábrica da Mercedes Benz, em São Bernardo do Campo, desde os anos 70 como metalúrgico e como presidente do sindicato da categoria, quando teve a oportunidade de mobilizar os trabalhadores na luta por seus direitos e por salários.

De acordo com Lula, 30 anos depois pode-se computar ?que a situação dos trabalhadores está melhor?.

A luta sindical, disse Lula, rendeu um presidente da República, um ministro (Luiz Marinho, do Trabalho, presente à solenidade), e um deputado (Vicentinho, também presente). O presidente disse também que merecem homenagem os dirigentes alemães da Mercedes que acreditaram no Brasil em 1956, implantando aqui a fábrica.

Os ex-presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek também foram lembrados por Lula. Getúlio, por ter implantado no país a indústria do aço e a Petrobrás, e JK por ter lutado pela instalação no país da indústria automobilística.

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