Lula quer “pacote de cidadania” junto com reforma agrária

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), batizado com o seu nome próprio nome. A comunidade de cerca de 850 famílias ocupa uma área perto do município de Eunápolis, no sul da Bahia. Junto ao presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, Lula prometeu assentar até julho os sem-terra do acampamento.

Em seu discurso, Lula disse que o MST é um dos mais respeitados e mais sérios do Brasil, "por defender uma causa nobre". "E tenho nítida consciência do que representa o Movimento dos Sem-Terra para a história do povo trabalhador brasileiro e para a história política do nosso país", afirmou.

Durante a visita, o presidente garantiu que seu governo está empenhado em fazer a reforma agrária e, sobretudo, buscar programas que melhorem as condições de vida dos assentados. "Eu tenho sistematicamente discutido com meus ministros um pacote de cidadania para que a gente comece a resolver, não apenas o problema de assentar aqueles que precisam ser assentados, mas recuperar as condições de trabalho das pessoas que já estão assentadas", disse ele ao citar a relação da reforma agrária com os ministérios das Cidades, das Minas e Energia, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social, da Educação e da Igualdade Racial.

Nesta semana, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra divulgaram o balanço da reforma agrária em 2004. Os dados revelam que 99,4% do orçamento previsto foi executado e o número de famílias assentadas representa 71% da meta estipulada pelo governo. Foram 81.254 famílias assentadas no período de janeiro a dezembro. A expectativa era assentar 115 mil famílias.

Antes de se despedir dos sem-terra, Lula deixou claro que sua relação com os trabalhadores rurais, com o movimento sindical e com a parte pobre da sociedade "não é eventual, nem ocasional, é uma coisa de vida e de origem". E finalizou: "Por isso, eu tenho certeza de que a gente volta por onde veio, e tenho certeza de que na política eu voltarei sempre para junto daqueles que são os meus mais sinceros companheiros na luta deste país".

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