No primeiro encontro oficial com participantes do 5º Fórum Social Mundial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que continua sendo um militante das causas sociais. Durante a reunião com 80 integrantes do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, realizada na noite desta quarta-feira, Lula ouviu sugestões e respondeu a quatro perguntas dos participantes sobre temas do cenário político internacional e reforma agrária.
"O presidente foi visto como uma liderança, como porta-voz daqueles que nunca tiveram voz. Foi uma conversa franca, ele deixou as pessoas à vontade, e disse que é um ativista social que ocasionalmente ocupa da Presidência da República", relatou o presidente do Instituto Ethos e ex-assessor especial de Lula, Oded Grajew.
Os quatro integrantes do Conselho que fizeram os questionamentos ao presidente foram selecionados pelos próprios integrantes do Fórum. A primeira questão apresentada foi a participação de Lula no Fórum Econômico Mundial, para onde ele segue nesta quinta-feira, depois de participar da Chamada Global para Ação contra a Pobreza ? onde vai discursar no ginásio Gigantinho para 14 mil participantes do FSM. "O presidente disse que em todos os lugares que vai fala as mesmas coisas e não muda o discurso. Ele defendeu a necessidade de perdoar a dívida dos países pobres, e acha que deve haver pressão política nesse sentido", disse Grajew.