O ex-ministro da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu (PT) afirmou nesta sexta-feira (11) em seu blog (http://blogdodirceu.blig.ig.com.br) que os resultados das últimas pesquisas de intenção de voto apontam para a vitória do presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, já no primeiro turno. Apesar do argumento, questiona se Lula conseguirá ter uma performance que assegure essa vitória no dia 1º de outubro: "A entrevista ao Jornal Nacional (ocorrida na noite de ontem) mostra que é preciso melhorar.
Sobre a performance de Lula na entrevista ao Jornal Nacional, Dirceu destacou que ele estava "muito tenso" e trocou várias palavras, tais como ética por corrupção, milhares por milhões e salário por inflação. Apesar das críticas, argumentou que Lula é o "presidente do emprego e do aumento dos salários, com controle da inflação e queda dos juros nominais." Mas voltou a atacar sutilmente a política econômica, como nos tempos em que era ministro, ao lembrar que o juro real praticado no País ainda é "o maior do mundo".
Ainda sobre a entrevista, o ex-ministro disse em seu blog: "William Bonner e Fátima Bernardes, na verdade a Rede Globo e o Jornal Nacional, podiam ter-nos poupado do vexame de chamar o presidente da República de ‘candidato’. Além de um desrespeito à instituição republicana e simples má educação, Lula é presidente a Constituição permite que se candidate à reeleição e permaneça no cargo. Logo, é nosso chefe de Estado e de Governo.
Dirceu também rebateu o argumento utilizado pelo âncora do Jornal Nacional de que o procurador geral da República só ofereceu a denúncia (classificada pelo próprio procurador de quadrilha do mensalão) por estar convencido de que era verdadeira. "A tese de Bonner é esdrúxula", comentou. E se defendeu: "Não sou chefe de quadrilha. Fui, sim, denunciado e vou provar minha inocência, ainda que o ônus da prova caiba ao acusador, no caso a CPI dos Correios e o MP federal, que me denunciaram sem apresentar nenhuma prova." E pede que a Rede Globo divulgue sua defesa e lhe dê "o direito de um julgamento justo no STF".