Um ?gol de placa?, na definição do assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, é a decisão de realizar um jogo da Seleção Brasileira de futebol no Haiti, país onde o Brasil mantém uma força de paz. O ingresso para assistir ao jogo contra uma seleção local seria dado em troca de uma arma. ?O povo haitiano é apaixonado por futebol. As informações que temos são de que o relacionamento com as tropas brasileiras é tranqüilo?, disse.
Os haitianos, segundo o assessor, não vêem nas tropas brasileiras a imagem de uma força de ocupação e sim a de um país amigo que está ali ajudando a construir, economica e socialmente, o país. ?Nossa ajuda é para que os próprios haitianos possam definir instituições sólidas?, afirmou Marco Aurélio Garcia..
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, adiantou que os entendimentos para a realização do chamado “jogo da paz” estão adiantados. ?As informações que recebemos da nossa embaixada, da força de paz brasileira e também do Ministério da Defesa são de que há grande possibilidade de o jogo se realizar?, disse.
Segundo Amorim, o futebol, apesar de às vezes incentivar a rivalidade, é também um estímulo à congregação, onde as pessoas se entendem. ?A presença da Seleção Brasileira de futebol naquele país, onde é muito admirada, é importante nesse momento e estamos caminhando para isso?, ressaltou.
Amorim confirmou que a ida do presidente Lula ao Haiti para ir assistir ao jogo ocorreria após a viagem à República Dominicana, marcada para o dia 16. O ministro informou que Lula ficaria nesse país até o dia 17, para a posse do novo presidente, e somente viajaria no dia seguinte.
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