Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (21), em Córdoba, na Argentina, a necessidade ?urgente? dos congressos dos países que integram o Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil e Venezuela), aprovarem o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), para garantir um desenvolvimento ?equilibrado? na região.
O fundo é um dos pontos previstos no Parlamento do Mercosul, cuja criação foi acertada entre os presidentes do bloco em dezembro de 2005, durante encontro em Montevidéu (Uruguai). Um protocolo sobre o assunto foi encaminhado para análise pelas respectivas chancelarias aos parlamentos dos países, e o Congresso paraguaio já aprovou o documento.
Lula lembrou que o Brasil ainda não aprovou o fundo e aproveitou para ressaltar aos participantes da 30ª reunião dos Presidentes do Mercosul a necessidade de os congressos garantirem, o quanto antes, a entrada e o funcionamento do Focem. ?Muitas vezes, essa decisão esbarra em uma distância entre a vontade do Executivo que participa do Mercosul com cada um dos parlamentos de nossos países?.
O apoio de projetos industriais, tecnológicos e de infra-estrutura para superar ?gargalos produtivos?, segundo Lula, será um dos objetivos de seu trabalho à frente da presidência do Mercosul para que os países do bloco se beneficiem do crescimento econômico. ?Para tanto, reforçaremos a cooperação regional no campo cientifico e tecnológico, o que já se reflete no intercâmbio crescente de estudantes entre nossos países? destacou.
Lula citou como exemplo dessa cooperação regional os avanços na coordenação de políticas energéticas do Mercosul, que, de acordo com ele, abrem perspectivas promissoras. ?O projeto do anel energético emblemático de nossa vontade política e a nossa cooperação nos biocombustíveis oferece um horizonte inédito, que alavanca as vantagens competitivas de nossa região?.