No lançamento hoje (8) da Política Nacional de Biotecnologia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que os empresários precisam investir mais em pesquisas científicas.
Um país que figura entre as 15 maiores economias do mundo, capaz de produzir aviões e biocombustíveis renováveis, não pode ter apenas 10% do seu poder científico sob a responsabilidade do setor privado. É preciso que essa participação se amplie, e muito.
Paraoministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, a iniciativa privada ainda está "acordando" para as vantagens da inovação tecnológica. Ele citou o exemplo de editais lançados em agosto de 2006 pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao ministério. Os editais eram para que empresasprivadas apresentassem projetos em três áreas da biotecnologiaque seriam financiados pelo governo. Dos R$ 90 milhões destinados aos projetos, apenas metade do valor foi utilizada.
Nosso sistema empresarial ainda está acordando para essa questão da inovação. Está acordando para o fato de que com a inovação terá novos produtos para competir em uma escala global", disse o ministro, após o lançamento do programa. "As empresas estão percebendo que é preciso contratar pesquisadores com mestrado e doutorado e interagir com universidades.
O ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes, informouque está sendo analisada, pela Empresa Brasileiraacriação de uma empresa entre a Embrapa e a iniciativa privada para estudos biotecnológicos, primeira parceria com essas características no Brasil. No entanto, o ministro afirmou que ainda é preciso resolver entraves jurídicos.