O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que permanecesse no ministério até 31 de janeiro, mas terá de segurá-lo no posto por mais 15 dias, pelo menos, porque ainda não encontrou o substituto. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, já mandou recados de que gostaria de ser transferido para a Justiça, mas não teve sucesso.
Um assessor palaciano que acompanha o debate diz que, na opinião do presidente, Tarso não tem o perfil político ideal para a pasta. Segundo o mesmo assessor, a Justiça virou um dos nós da reforma ministerial.
A cautela presidencial tem razões. Pesquisas internas dão conta de que a Justiça é um dos ministérios com maior índice de aprovação. Por outro lado, Lula avalia que Bastos cumpriu, discretamente, importante papel na articulação política, especialmente junto à oposição.
Advogado respeitado, com serviços profissionais prestados a políticos de diversos partidos, Bastos sempre cultivou boas relações com lideranças no PFL e no PSDB. Também pesou a favor dele o fato de não militar no PT.
Neste cenário, o nome que volta à cena é o do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Sepúlveda Pertence.