O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quarta-feira (24) a empresários do setor siderúrgico empenho para garantir o sucesso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Temos de participar e agir com mais determinação, avaliar os questionamentos", afirmou o presidente, de acordo com um dos participantes do encontro, com dirigentes do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), no Palácio do Planalto.
Ao ouvir sugestões dos empresários do setor siderúrgico, Lula disse que é preciso "se armar tecnicamente" para enfrentar o debate político. "Tem muitos direitos difusos que atrapalham o direito de criar empregos", disse o presidente conforme o relato de empresários. "É preciso construir hidrelétricas e dragar portos", afirmou.
"A sociedade brasileira tem de ter otimismo, acreditar e não ser pessimista", completou o presidente ao mostrar aos empresários as dificuldades para o andamento de obras e propostas. Ele, no entanto, não mencionou nem a oposição nem o Ministério Público que freqüentemente têm bloqueado o andamento de obras por questões ambientais.
No encontro, o empresário Jorge Gerdau fez uma contundente defesa do PAC durante a audiência: "Quando falam do meu apoio ao plano, tem gente que até me chama de chapa branca".
Neste momento, o presidente da Arcelor Brasil e amigo de Gerdau, José Armando de Figueiredo Campos, brincou: "Chapa branca, não. Todos sabem que o senhor é candidato a ministro". Lula, segundo relatos dos participantes, apenas ouviu o comentário.
Tanto o presidente como os empresários demonstravam descontração. "Ao contrário do que dizem, o plano tem diretrizes claras e medidas concretas", avaliou em entrevista após o encontro o empresário José Armando Figueiredo Campos. "Não estamos defendendo o capitalismo selvagem, mas o crescimento rápido da economia", disse ele.