Lula nega que ajuda ao Rio Grande do Sul seja eleitoreira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, disse hoje, em São Leopoldo (RS), que vai continuar anunciando projetos em qualquer dia da semana e negou, em seu primeiro discurso de campanha no Rio Grande do Sul, que o anúncio de medidas de ajuda à indústria do Estado, feito na sexta-feira, tivesse sido uma medida eleitoreira.

"Eu queria ter vindo anunciar hoje. Mas achei melhor não e mandei a ministra Dilma (Roussef, da Casa Civil) anunciar sem a minha presença. E quando eu vi a imprensa hoje, trataram o anúncio como se fosse uma questão eleitoreira", disse. "Querem saber de uma coisa? Vou continuar fazendo o que precisa ser feito. Não importa se for sábado, domingo, segunda ou quarta".

O presidente começou seu discurso para cerca de 3 mil militantes petistas reclamando de cansaço e da dificuldade em separar o papel de candidato do de presidente. "Ser presidente da República e candidato é meio complicado. É quase inseparável", desabafou Lula.

Ele chegou ao Rio Grande do Sul tentando recuperar o espaço perdido na região para o candidato tucano Geraldo Alckmin. Sob um frio de oito graus, e atrasado de uma hora, o presidente foi imediatamente do aeroporto para São Leopoldo, onde encontrou os candidatos petistas ao governo do Estado, Olívio Dutra, e ao Senado, Miguel Rosseto.

O presidente ainda foi acompanhado por seus ministros gaúchos: Dilma Roussef, da Casa Civil; Tarso Genro, das Relações Institucionais; Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário; além do ministro da Educação, Fernando Haddad, que é paulista.

Lula venceu, no Rio Grande do Sul, todas as eleições desde o segundo turno de 1989, mas as últimas pesquisas mostram que o presidente perdeu espaço. Pela primeira vez, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, aparece na frente nas pesquisas.

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