O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fará uma reforma da Previdência Social para mudar as regras de aposentadoria do funcionalismo e setor privado. O plano em estudo no Palácio do Planalto prevê o que auxiliares de Lula chamam de ?esforço concentrado de gestão? na Previdência, com medidas estruturais para combater a fraude e economizar cerca de R$ 50 bilhões ao longo de quatro anos

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A avaliação do governo é de que não será possível aprovar três reformas constitucionais ao mesmo tempo no Congresso: a política a tributária e a previdenciária

As prioridades de Lula para 2007 são as mudanças no sistema eleitoral e partidário e na área de tributos. O presidente quer a ajuda dos governadores para esse objetivo, mas também pretende conversar com eles sobre as dificuldades enfrentadas pela União e pelos Estados para pagar as aposentadorias.

A necessidade da reforma na Previdência é um tema que divide os governadores.

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Lula ficou impressionado com o plano elaborado pelo consultor Vicente Falconi, com métodos drásticos de gestão para permitir equilíbrio nas contas da Previdência. ?Se elas são eficazes, será a descoberta da América?, chegou a dizer o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no último dia 20, não sem certa ironia.

As propostas de Falconi, que contribuiu com a reforma da previdência estadual de Minas Gerais, foram apresentadas ao governo pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter, cotado para assumir um ministério da área econômica no segundo mandato do governo Lula.

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Mantega afirmou que o objetivo do novo modelo de gestão das contas da Previdência é o de dar sustentabilidade às despesas, ?para garantir que o aposentado possa receber sua aposentadoria no futuro?.

Pesquisas encomendadas pelo Planalto indicam que a sociedade não entenderia uma reforma da Previdência que mexesse na idade mínima porque o governo não conseguiu tapar os ralos e combater distorções. Em todas as conversas com auxiliares, Lula pede eficiência gerencial. Está obcecado por destravar o País e por medidas que estimulem o investimento, principalmente na área de infra-estrutura, e eliminem as fraudes.

Um ministro disse ao jornal O Estado de S.Paulo que o presidente quer prioridade para atualização do cadastro e fiscalização da Previdência. ?Decisão sobre isso o governo já tem, mas há como avançar bastante nesse terreno?, disse o auxiliar de Lula. ?Ele está ouvindo todos os setores.