Lula: “Não poderia terminar o ano mais feliz do que estou”

Com todos os indicadores econômicos esbanjando saúde e o Corinthians longe do fantasma do rebaixamento, o balanço de fim de ano do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poderia ser outro. "Não poderia terminar o ano mais feliz do que estou", afirmou ele em seu último compromisso público deste ano, a sanção da lei que regulamenta a Parceria Público-Privada (PPP). "Estou convencido. Durmo, acordo e passo o dia inteiro pensando nisso: esse País não vai jogar fora essa oportunidade que nós construímos (…) O Brasil pode muito mais do que fez até agora."

Lula disse que a sanção da lei das PPPs teve um caráter simbólico. "Foi para contrariar alguns teóricos que são verdadeiros pregadores de notícias negativas." O presidente não mencionou, mas o PSDB fez forte pressão contra o projeto durante sua tramitação no Senado. Mas, ao conseguir aprovar diversas mudanças, como as que criaram salvaguardas para o poder público, os tucanos passaram a apoiar o projeto. "Conseguimos superar todo o negativismo colocado nesse País durante os 12 meses", afirmou, ao falar dos indicadores econômicos positivos.

Recorrendo a suas comparações com o futebol, Lula disse que alguns políticos têm a mesma atitude de determinados jogadores que, quando substituídos, reclamam do técnico e nem cumprimentam seu substituto em campo. Ele opôs esse comportamento pouco esportivo à atitude do jogador Robinho, do Santos, que foi substituído na partida contra o Vasco na final do campeonato brasileiro, saiu sorrindo e desejando sorte aos demais.

Tanto Lula quanto o ministro da Fazenda, Antonio Palocci comemoraram os bons resultados da economia em 2004 mas advertiram que o trabalho ainda não acabou e ainda são necessárias reformas institucionais. "Temos ainda alguns ajustes algumas reformas, temos que consolidar a credibilidade que conquistamos a duras penas, temos de convencer vários setores da economia desse País que controlar a inflação não pode ser tarefa só do Banco Central, tem de ser da sociedade como um todo", listou o presidente. "Se não, ficamos sentados numa cadeira confortável, xingando o Banco Central quando aumenta o juro sem saber que o juro vem porque alguém, em algum lugar, aumentou os preços acima do que podia aumentar."

O presidente ainda fez um alerta aos empresários, dizendo que nenhum governo teve tanta abertura para discutir com eles e com os sindicalistas e adotar as medidas consideradas necessárias. "Agora, meus queridos amigos, as coisas estão postas. Cabe entrar em campo e fazer o que tem de ser feito." Palocci contou que muitas pessoas lhe perguntam se será possível repetir o crescimento deste ano. "Se olharmos o conjunto da obra construída, acho que temos todos os motivos para acreditar que o Brasil entrou definitivamente na rota do crescimento." Ele destacou a aprovação da nova Lei de Falências e das PPPs como reformas importantes para garantir o crescimento sustentado.

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