O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu com surpresa declaração do governador de São Paulo, Cláudio Lembo, que o chamou de desequilibrado e demagogo. Desde a onda de violência ocorrida em maio no Estado, Lula mantinha uma relação de boa vizinhança com Lembo.

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A assessores e ministros, Lula avisou que não iria se pronunciar sobre a declaração de Lembo. Diante das pesquisas que mostram um crescimento de Geraldo Alckmin, o presidente avaliou que repercutir as palavras do governador e uma briga agora não seriam boas para quem tenta manter a dianteira nas pesquisas de opinião.

Hoje, Lula se reuniu com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para acertar detalhes de uma medida provisória liberando recursos para São Paulo. O presidente interpretou que a declaração de Lembo se constituía, antes de mais nada, numa pressão por repasse de recursos. O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou o repasse de R$ 100 milhões para o Estado e outros R$ 100 milhões para presídios em outros estados.

Em maio, na primeira onda de violência no ano promovida supostamente pelo PCC, Lula orientou os assessores a deixar claro à opinião pública que o Exército e a Força Nacional de Segurança estavam prontos para agir e só não ocupavam as ruas de São Paulo por que faltava Lembo aceitar. Integrantes da cúpula do PFL negaram que tenham conseguido enquadrar o governador e feito apelos para reagir às "ofertas" de Lula.

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