Lula faz críticas indiretas a Geraldo Alckmin

Campinas – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje uma série de críticas indiretas ao seu provável adversário na corrida presidencial deste ano, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Em discurso de quase 40 minutos, durante um evento realizado no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, Lula tratou a questão da Febem, vista como uma das principais dificuldades do governo Alckmin, como algo que precisa ser resolvido no País.

"A gente fica imaginando que haverá um dia neste País em que nós teremos menos Febem e mais indústria, menos Febem e mais escola", disse, lembrando da "emoção" que sentiu, ao participar, ontem, de um evento na fábrica da Ford, em Camaçari (BA), onde pôde ver jovens na faixa dos 20 anos preparados e qualificados para o mercado de trabalho.

As afirmações do presidente em relação a Febem tiveram respaldo também em discurso do prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos (PDT), que ironizou o "presente" que receberá nos próximos meses do governo paulista com a transferência de jovens da Febem para a região.

Além disso, Lula também fez referências indiretas às constantes declarações de Alckmin, de que o Estado de São Paulo vem apresentando uma média de crescimento econômico muito superior à do Brasil como um todo. Apesar de não citar diretamente o nome de Alckmin e de incluir em sua análise outros Estados brasileiros, Lula fez questão de enfatizar uma relação entre o crescimento nacional e o avanço observado em São Paulo.

Voltando-se ao senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que o acompanhou no evento, Lula afirmou: "Virou moda agora as pessoas dizerem assim, Aloizio: ‘que São Paulo cresce mais do que o Brasil, que o Rio de Janeiro cresce mais do que o Brasil.’ Esses dias, eu fui ao Nordeste e porque o Nordeste cresce mais do que o Brasil", ironizou Lula. "Parece coincidência, mas esses Estados só estão crescendo mais do que o Brasil quando o Brasil começou a crescer no nosso governo", acrescentou.

Em relação a São Paulo, em especial, Lula emendou: "Alguns Estados industrializados, como São Paulo, proporcionalmente, se o Brasil cai, ele cai. Se o Brasil cresce, ele cresce." Lula também destacou que é preciso questionar por que motivos o crescimento paulista não ocorreu, no mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, da mesma forma como ocorre agora. "A pergunta que eu faço é: por que não cresceu antes de nós governarmos o País", destacou.

Além disso, Lula também respondeu as críticas que atingem seu governo, caracterizando os responsáveis por estes ataques como "pessimistas de plantão", que vêm dando palpites que acabam se tornando manchetes. "No Brasil, tem gente que não se contenta em ver gente que faz mais do que eles. Tem gente que não se contenta que as coisaS dêem certo", comentou.

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