A Coordenação Nacional da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu ofensiva nesta terça-feira (3) contra o seu adversário no segundo turno da eleição, Geraldo Alckmin (PSDB) e propôs realizar uma comparação entre as realizações do atual governo e os oito anos de administração do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
O coordenador nacional da campanha de Lula para relações com os movimentos sociais, João Felício, afirmou que a intenção do PT é comparar os governos Lula e FHC por considerar "esdrúxula" a analogia entre a administração federal de Lula com a de Alckmin, em São Paulo.
"Se os tucanos insistirem em comparar a gestão da União com São Paulo, também estamos dispostos. Queremos saber por que, em 12 anos de administração paulista, os tucanos não resolveram os problemas da educação, pois São Paulo tem um sistema de ensino péssimo. Por que, também, não cuidaram do sistema carcerário com o rigor necessário?", cobrou.
Felício analisou que a derrota de Lula para Alckmin no Estado de São Paulo – o tucano teve 54,20% dos votos válidos e o petista, 36,77% – foi provocada essencialmente pela divulgação do envolvimento de petistas na compra do dossiê Vedoin, com pretensão de prejudicar o candidato do PSDB ao governo paulista, José Serra. "A coisa do dossiê, essa bagunça toda, levou parte do eleitorado para Alckmin. Mas entendemos que esses eleitores podem ser recuperados por Lula quando passarmos a discutir governos e projetos", observou.
Ainda na linha de ataque aos tucanos, a coordenação da campanha do PT distribuiu hoje uma nota agradecendo a eleitores e militantes os votos dados a Lula e afirmando que o segundo turno "será um confronto entre dois projetos de Nação". "De um lado, as forças progressistas comprometidas com um Brasil democrático, popular e soberano. De outro lado, o bloco conservador que governou o Brasil na década de noventa e nos primeiros anos deste século", compara a nota.
O texto acrescenta que, no segundo turno, "o povo brasileiro dirá um não ao retrocesso, ao atraso, ao neoliberalismo". "Não voltaremos aos tempos de descalabro que marcaram o governo Fernando Henrique Cardoso e os 12 anos de governo tucano em São Paulo", acrescenta.
