Lula e Garotinho perdem mais com verticalização

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o pré-candidato presidencial do PMDB, Anthony Garotinho, são os principais prejudicados pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que validou a verticalização das alianças eleitorais para as eleições deste ano.

A aplicação da regra reduzirá o número de candidatos à Presidência da República, o que deverá promover, já no primeiro turno, a polarização entre a candidatura Lula e a do governador Geraldo Alckmin, lançado pelo PSDB. Isto porque a maioria dos partidos preferirá ficar livre para compor coligações estaduais diversas em cada região, o que não será possível se lançarem candidato presidencial ou aderirem ao de outro partido.

O restabelecimento da verticalização, que havia sido derrubada pela emenda constitucional 52, promulgada pelo Congresso no início deste mês, deixará poucas opções de alianças partidárias para o projeto de reeleição do presidente Lula. Em conseqüência, ele será obrigado a vincular sua imagem à do PT, o partido mais afetado pelo escândalo político, e a administrar palanques múltiplos e informais nos estados. Candidato apenas do PT, Lula perderá tempo na campanha de propaganda no rádio e na televisão.

A decisão do tribunal representa um obstáculo quase intransponível à candidatura Garotinho. A tendência do PMDB é atribuir prioridade às eleições para os governos estaduais, à vaga de senador que estará em disputa e à reeleição de sua numerosa bancada de deputados. Os caciques do PMDB preferirão sacrificar Garotinho a abrir mão de seus projetos regionais.

Em relação a Lula, o cenário é parecido. Seus aliados tradicionais, como o PSB do ministro Ciro Gomes, tenderão a ficar sem candidato à Presidência. Os pequenos e médios partidos precisam crucialmente de liberdade nas composições estaduais. Eles têm de cumprir a cláusula de barreira, a ser aplicada pela primeira vez em outubro, sem o que perderão direito a funcionamento partidário na Câmara dos Deputados. Neste caso, o instinto de sobrevivência falará mais alto que as pretensões do primeira vez em outubro, sem o que perderão direito a funcionamento partidário na Câmara dos Deputados. Neste caso, o instinto de sobrevivência falará mais alto que as pretensões do presidente da República.

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