Ao abrir nesta sexta-feira (17) a 27ª reunião de Cúpula do Mercosul, em Ouro Preto (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é preciso aprofundar o compromisso assumido há uma década, quando foi dado um novo impulso ao projeto de integração latino-americana. "É cada vez mais atualizada a afirmação do ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) que disse ser o Mercosul mais do que uma opção, mas um destino", afirmou o presidente. Dez anos depois do lançamento da união aduaneira do Mercosul, em dezembro de 1994, os representantes do bloco estão reunidos em Minas Gerais para o encontro dos chefes de Estado.
Ao fazer um balanço dos últimos dez anos, o presidente Lula afirmou que os membros do Mercosul têm muito o que comemorar mas, sobretudo, "temos de ter nossos olhos postos no futuro". O Mercosul, segundo Lula, teve expansão em todas dimensões e em todas as direções. "Superamos as grandes diferenças, as rivalidades que afastaram por muitos anos nossos países", observando que "nosso comércio cresceu de forma exponencial embalado pela superação de barreiras e entraves que freavam o potencial de nossas economias".
O presidente do Brasil lembrou que 10% das importações brasileiras provêm do Mercosul, sendo que a Argentina é o segundo consumidor de produtos brasileiros, atrás apenas dos Estados Unidos e à frente da Alemanha. "Vinculamos nosso setores produtivos e estimulamos investimentos recíprocos por parte de nossos empresários que acreditaram e apostaram na nossa integração", salientou, destacando que os investimentos brasileiros no Mercosul passaram de US 3,8 bilhões em 2002 para US$ 5,3 bilhões em 2003, "enquanto mantinham-se estáveis no resto do mundo no mesmo período".
