O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se queixou nesta segunda-feira (14), publicamente, das dificuldades que tem enfrentado para realizar mudanças estruturais no País. Depois de agradecer ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), pela aprovação de leis que permitem a implementação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Lula manifestou ser "titânica" a luta promovida pelo governo para reestruturar o País.
"A gente propõe uma reforma da Previdência para daqui a 30 anos e os aposentados de hoje ficam com medo de perder. Propusemos a modernização do Ibama e o pessoal deflagra greve porque acha que vai ter prejuízo para eles", disse. De acordo com o presidente, não depende apenas do governo, mas sim da sociedade brasileira garantir o processo de modernização do país de forma a assegurar a competitividade brasileira na economia global. "Nenhum concorrente vai esperar 50 anos o Brasil resolver seus problemas para depois competirmos ", advertiu.
Nesse sentido, Lula destacou que o Brasil está na sétima colocação entre as economias com maior acesso dos cidadãos à tecnologia digital. O presidente disse que caberá a outros programas de inclusão digital e acesso à tecnologia posicionar o País nas primeiras posições. O governo, segundo Lula, terá um papel importante de garantir que até 2010, todas as escolas públicas nacionais, inclusive das da zona rural, tenham computadores instalados. "O computador é hoje como a paixão que o carro representava na década 60. Naquela época, por falta de opções, nosso sonho era um fusquinha pé-de-bode. O sonho da molecada hoje é ter um computador", opinou.