Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que vai se empenhar, nos próximos seis meses (tempo em que ficará na presidência do Mercosul), na aprovação do Parlamento do Mercosul pelos legislativos dos países que compõem o bloco.
?Ouço falar disso há muito tempo. A vontade política dos parlamentares é total, mas é preciso, definitivamente, que se crie esse parlamento para que haja uma combinação entre o Executivo, a direção do mercosul, a nossa secretaria do Mercosul e as decisões nacionais dentro de nossos congressos?, disse, no discurso de encerramento da 30ª reunião dos presidentes do Mercosul, em Córdoba, na Argentina.
A criação do parlamento foi acertada entre os presidentes do bloco em dezembro de 2005, em encontro em Montevidéu (Uruguai). Um protocolo sobre o assunto foi encaminhado para análise pelas respectivas chancelarias aos parlamentos dos países, e o Congresso paraguaio já aprovou o documento.
Lula disse ter confiança de que os países que integram o bloco cumpriram os prazos acordados para então celebrar esse passo ?histórico?, com a criação do parlamento. ?Só assim garantiremos a participação de nossa sociedade no processo de integração?, disse Lula.
Segundo o presidente brasileiro, o Mercosul, a exemplo da União Européia, tem o desafio da legitimidade. ?A presidência brasileira dará especial atenção a todos os temas que constituem a agenda da cidadania do Mercosul?. Nesse sentido, ele destacou que reforçará a agenda social do bloco e vai trabalhar para pôr em funcionamento o Fórum Consultivo de Municípios, Estados, Províncias e Departamentos.