O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou hoje que tomar café é uma das coisas que mais gosta de fazer. "Eu acho que eu sou capaz de parar de beber água e não de beber café. Se tem um vício que eu tenho na minha vida é de tomar café. É um vício que eu não tenho vontade de largar", disse o presidente a uma platéia de cafeicultores que participavam do lançamento da 1ª Edição Especial dos Melhores Cafés do Brasil.

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, brincou com a paixão do presidente: "Agora o presidente vai levar esses cafés especiais junto com a maquininha dele. O presidente carrega em todas as viagens ao exterior uma maquininha para fazer café e agora precisa levar o café brasileiro também".

Lula avisou também que o setor pode contar com seu apoio para melhorar as vendas. "Vocês, que terão de mim o apoio irrestrito para que a gente não veja nunca mais, neste país, centenas de produtores de café cortando o seu cafezal porque não acreditam mais nesse tipo de lavoura", ressaltou.

Já o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, lembrou que o preço da saca de café passou de US$ 40 para US$ 140 durante o governo do presidente Lula. Segundo Rodrigues, a adoção do plano de opção pelo governo foi uma medida que ajudou a recuperar o setor cafeeiro.

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O plano é uma espécie de seguro para os cafeicultores. Caso o preço do produto esteja ruim, o governo se responsabiliza a pagar um valor mínimo pela saca. "O programa foi tão positivo que, além de render uma "rendinha" razoável para o governo, nós demos ao mundo uma demonstração de união", disse Rodrigues.

Hoje, o Brasil produz 40% de todo o café consumido no mundo e é o segundo o maior consumidor. Em 2004, 15 milhões de sacas do produto foram consumidas no país. Em dois anos, a meta do setor é chegar a 16 milhões de sacas. "Com muito orgulho, dizemos que nós, brasileiros, só consumimos café do Brasil. E nós somos o principal cliente do café do Brasil", afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Guivan Bueno.

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A organização promoveu, no final do ano passado, um concurso para eleger os melhores cafés do país. O lote de grãos vencedor foi adquirido por empresas nacionais por R$ 8.001,01. O valor máximo pago por uma saca de café era de R$ 380.O presidente Lula recebeu a embalagem número um do café vencedor. A caixa traz pedaços de cafeeiros dos principais estados produtores (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Bahia).