Ao assinar o decreto que quebra a patente do medicamento Efavirenz, usado no tratamento da Aids, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que outros medicamentos, no futuro, podem ter o licenciamento compulsório (quebra de patentes), caso os preços não estejam dentro da realidade brasileira. "Não é possível alguém ficar rico com a desgraça dos outros", afirmou o presidente, sob aplausos de funcionários do Ministério da Saúde e pacientes.
"Entre o nosso comércio e a nossa saúde, vamos cuidar da nossa saúde". Lula relatou que nas conversas que teve com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, pediu que fossem ouvidos a Advocacia Geral da União e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, que cuida dos interesses do País na Organização Mundial do Comércio. "Hoje vale para este remédio, amanhã vale para qualquer outros", afirmou o presidente.
No discurso, Lula reafirmou que pretende fazer no segundo mandato o que não foi possível fazer no primeiro. "Sessenta e um por cento do povo brasileiro me deu o segundo mandato para fazer o que não foi possível fazer no primeiro", disse. "Não abriremos mão de cuidar do nosso povo e queremos cuidar dos nossos companheiros com Aids", acrescentou.