O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, em discurso em solenidade no Museu Histórico Nacional, o ponto culminante do trabalho da Petrobras, de tornar o país auto-suficiente na produção do petróleo. Disse que a empresa "significa hoje para o Brasil uma fábrica de produção de conhecimento".
O presidente destacou que "há poucos lugares no mundo em que se formam profissionais da qualidade que a Petrobras consegue formar". E acrescentou: "É desse mirante que podemos enxergar os projetos e protagonistas que influenciaram a trajetória do país até hoje, porque de algum modo vão marcar também as nossas escolhas do desenvolvimento para amanhã".
No discurso, Lula lembrou que o ex-presidente Getúlio Vargas recebeu muitas críticas por ter assinado o decreto criando a empresa e "fez isso porque imaginava tornar o Brasil um dia um país produtor de petróleo". E citou o episódio de enforcamento de Tiradentes, no dia 21 de abril de 1792, porque ele "ousou, junto com outros companheiros, acreditar que o Brasil não precisaria mais ficar subordinado às orientações da Coroa portuguesa".
Segundo o presidente, "o que os algozes da Independência não tinham percebido é que é muito fácil você matar, esquartejar, salgar e fazer o que quiser com a carne de um corpo humano; o mais difícil é, quando uma idéia é muito forte, fazer com que essa idéia transpasse o tempo, como aconteceu no Brasil".
Logo após a cerimônia, Lula saiu sem falar com os funcionários da Varig, que faziam manifestação em frente ao museu. E seguiu para São Paulo, onde passará o final de semana. Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou a produção de petróleo da plataforma P-50 na Bacia de Campos, no Norte do estado do Rio de Janeiro.
