Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender nesta quarta-feira (11) a recuperação da indústria naval e relembrou as críticas feitas ao governo por investir no setor.
Segundo o presidente, os críticos acreditam que a área não tem tecnologia para recuperar-se e competir no mercado mundial. "Não só temos engenharia, como estamos dispostos a nos transformar no país que tem a mais competente indústria naval do planeta", disse Lula, no Rio, na cerimônia de assinatura do contrato para a construção de nove navios da Transpetro,
subsidiária da Petrobras, com o Consórcio Rio Naval ( formado pelas empresas MPE, IESA e Sermetal, com parceria tecnológica da Hyundai).
Os navios terão custo de US$ 866 milhões e dão continuidade ao Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro, que prevê a construção de 42 navios, sendo 26 navios para a primeira fase. A previsão é que as nove embarcações sejam entregues entre 2009 e 2012. Os investimentos integram ainda o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O valor total dos 26 navios (US$ 2,4 bilhões) ficou apenas 1% superior ao que seria pago se a encomenda fosse feita no exterior, considerando a equivalência financeira e a necessidade de customização das embarcações, que têm altas exigências de projeto e de construção.
O presidente disse que o Brasil precisa recuperar tempo perdido. Um "tempo em que nós não acreditávamos em nós", definiu. "Não temos que ficar pedindo favor a ninguém. Uma nação tem que ser soberana naquilo na questão tecnológica, na questão da produção de alimento, na questão do transporte dos seus produtos", afirmou.