O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (24) que o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), chamado PAC da Educação, é um "passo gigantesco" para a melhoria do ensino. Lula disse que vai "ficar no calcanhar" de assessores e do ministro da Educação, Fernando Haddad, para que o plano seja implantado. No discurso, Lula disse que "não é inadequado" fazer associações entre o PDE e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). "Os dois são complementares. PAC e PDE são anéis de uma mesma corrente a favor da construção do País", afirmou.
Segundo o presidente, o PDE vai permitir a definição de um piso salarial para o magistério. Ao lançar o plano no Palácio do Planalto, Lula afirmou que o PDE permitirá ainda um acesso mais democrático à universidade, ampliar em 100 mil o número de bolsas do Pro-Uni, modernizar o ensino técnico, reduzir as taxas de analfabetismo e garantir qualificação do magistério.
O presidente ressaltou a importância de melhorar as condições de trabalho dos 2 milhões de professores que atuam nos diversos graus de ensino. Ressaltou que o governo ouviu centenas de educadores durante o processo de elaboração do PDE. "A educação só pode melhorar se for melhorado todo o conjunto, e o PDE prevê interferências profundas na educação básica, na educação tecnológica e no ensino superior".
Lula observou ainda que o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) deverá aumentar em dez vezes os investimentos federais nas áreas mais carentes do ensino. Ao concluir o seu discurso, o presidente observou que é preciso repensar o ensino e não apenas disponibilizar recursos. "Os problemas do ensino não se restringem à disponibilização de investimentos. Existem muitas coisas que o dinheiro não resolve", comentou.
