Em discurso na solenidade de posse da diretoria da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Lula assegurou que está “tomando as medidas no tempo certo, na hora certa, sem o pulsar do interesse para 2006, 2004 ou para qualquer outra eleição”. Na intervenção de cerca de 50 minutos, ele chegou a arrancar aplausos da platéia de empresários com a ênfase na administração pública com visão de longo prazo. “Sempre achei, e continuo achando, que um dos grandes problemas do Brasil é a mediocridade política de pensar o País, o Estado ou a cidade apenas durante o mandato da pessoa que está governando”.
O presidente citou exemplos concretos que, segundo ele, demonstram que o governo prefere manter a credibilidade do que atuar em beneficio eleitoral. A iniciativa destacada por Lula foi o aumento do superávit primário de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para 4,5%, definido pelo governo dias antes do primeiro turno das eleições municipais.
“Quando eu tomei a decisão há 15 dias, não faltou quem alertasse que faltava pouco para as eleições. E eu disse que as eleições municipais, por mais importantes que sejam, não farão com que o governo tome nenhuma atitude em função delas, porque o Brasil já perdeu duas vezes por decisões pensadas eleitoralmente”.
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