O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que no ano que vem "a ordem é crescimento econômico, desenvolvimento, geração de emprego e distribuição de renda". "Não existe espaço para as pessoas apenas ficarem chorando, temos que levantar a cabeça e acreditar que se a gente quiser fazer a gente faz", disse. Ele garantiu que vai fazer mais do que prometeu durante a campanha e prometeu voltar ao Rio Grande do Sul em breve para inaugurar obras de hidrelétrica.
Lula lançou hoje a ordem de serviço que vai dar início da duplicação da BR 101 -Sul. Sobre a inauguração da duplicação da BR, Lula contou que faz mais de 10 anos que quando vai ao Rio Grande do Sul vê placas e faixas pedindo esta obra. "Não quero saber quem prometeu mas muitos prometeram. Eu nunca prometi porque não prometo o que não sei e o que não conheço", disse.
No discurso de improviso, o presidente lembrou que o primeiro ano de governo sempre é o mais difícil porque as prioridades foram estabelecidas pelo governo anterior. "Muitos apostaram no fracasso do meu governo. Que o País ia degringolar e ia haver um fracasso com o povo na rua pedindo a entrada de outro presidente", disse. "Só que eles não perceberam que as quatro derrotas me transformaram num ser humano calejado e ao invés de ficar chorando estas derrotas, tiramos lições delas", continuou. "Atravessamos 2003, chegamos em 2004 e os analistas econômicos e do próprio governo tentando adivinhar o que ia acontecer. Diziam que a economia não ia crescer. A economia não cresceu só 3%. Cresceu 5,3% (janeiro a setembro de 2004). O maior crescimento dos últimos anos".
Ele reconheceu que o País tem muitos problemas e que seria necessário uma vida inteira para resolver todos os problemas. "Problema é igual prestação. Se não pagar uma, fica mais difícil pagar duas, e vai chegar um tempo que não vai conseguir pagar mais", comparou.
Ele pediu ao ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que divulgasse o seu telefone para que as pessoas pudessem denunciar possíveis interrupções nas obras. Ele disse estar cansado de fazer inaugurações que assim que as autoridades vão embora, as máquinas saem e não trabalham. "Estas máquinas vão ter que trabalhar", disse.