O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (22), ao inaugurar o Complexo Tecnológico de Medicamentos de Farmanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que aplicar recursos em saneamento básico e produção de vacinas é investir, e não gastar. Segundo o presidente, a Fiocruz é a prova de que o Brasil pode produzir remédios a custo mais baixo.
Lula deu como exemplo o Centro de Antígenos Bacterianos, inaugurado em agosto de 2004, que produz vacinas contra meningite, economizando R$ 10 milhões anuais para os cofres públicos com a importação de vacinas.
Ele destacou que o Complexo de Medicamentos vai produzir, até 2007, 10 milhões de remédios para tratamento da hipertensão, diabetes, hepatite, Aids e outras doenças, cinco vezes mais do que a Fiocruz produz atualmente. "Estamos determinados a fortalecer nossa indústria farmacêutica, aumentando a produção de remédios no país", ressaltou.
O presidente lembrou que os antiretrovirais produzidos pela instituição beneficiam mais de 150 mil brasileiros portadores do vírus HIV. Lula aproveitou a cerimônia para dar outras boas notícias à Fiocruz. O governo vai enviar, de acordo com o presidente, projeto de lei ao Congresso Nacional com o objetivo de reestruturar o quadro de pessoal da organização e o plano de carreira dos funcionários.
O projeto prevê a criação de três mil vagas na instituição que serão preenchidas por concurso público. Segundo Lula, assim que o projeto for aprovado pelos parlamentares, o governo irá autorizar concurso para o preenchimento imediato de mil vagas.
Ele anunciou ainda que medida provisória, publicada no Diário Oficial de hoje, prorroga a contratação de cinco mil mata-mosquitos do Rio de Janeiro por mais dois anos. A medida prorroga, pelo mesmo período, os contratos de funcionários temporários do Sistema Único de Saúde (SUS) do estado para a normalização do atendimento médico.