O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que as mudanças no sistema previdenciário não podem ser feitas "em um passe mágica" porque há um forte componente cultural envolvido nesta questão e também há uma disparidade muito grande de situações no mercado de trabalho brasileiro.

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Ele lembrou que enquanto há pessoas que começam a trabalhar com 25 anos em escritório com ar condicionado, há pessoas que começam a trabalhar com 12 ou 13 anos e também há trabalho escravo. Lembrou ainda a situação das mulheres que fazem jornada dupla de trabalho, apesar de terem seu benefício questionado pelo fato de viverem mais.

O presidente afirmou que o Fórum Nacional da Previdência Social precisa trabalhar nos próximos seis meses "para construir um diagnóstico perfeito para o sistema" para que depois sejam apresentadas propostas ao Congresso Nacional. "Devemos apresentar propostas para garantir aos nossos netos e bisnetos que tenham previdência mais sólida que hoje", disse Lula, também enfatizando a necessidade de incluir aqueles que têm dificuldade para contribuir para o sistema, como os trabalhadores autônomos.

Lula afirmou que não vai "admitir" que sejam apresentadas soluções simplistas, como dizer que simplesmente é preciso acabar com os roubos. Segundo ele, o censo previdenciário está mostrando que há menos fraudes do que parece.

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Ele reconheceu que provavelmente há problema de idade no sistema previdenciário e disse que esta questão vai ser resolvida com propostas a serem apresentadas no fórum. "Às vezes, vai se empurrando o problema com a barriga, mas chega a hora em que tem que se discutir o problema e resolvê-lo", disse.