Lula diz a peemedebistas que terá muito a mostrar na campanha

Na conversa com os senadores do PMDB durante jantar na casa do líder do partido, senador Ney Suassuna (PB), o presidente Luiz Inácio lula da Silva reconheceu que há uma falha de comunicação no Palácio do Planalto. "O governo tem feito muito, mas temos divulgado pouco", afirmou. Lula empenhou-se em destacar para a bancada peemedebista no Senado que o governo terá o que mostrar durante a campanha eleitoral deste ano.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff passou uma hora e 20 minutos listando os feitos do governo em cada ministério e, mesmo assim, teve de interromper seu relato sem conseguir concluí-lo, pois já passava das 22h30 e era hora de jantar.

Os senadores se espantaram com os números positivos do governo. "Ninguém sabia desses números", disse Ney Suassuna. "Nem o PT sabia", emendou Lula, que pediu ao anfitrião um segundo jantar para que Dilma possa concluir sua explanação.

Os dados apresentados pela ministra mostraram, entre outros, que a Bahia é o Estado que mais recebe recursos para o Programa Bolsa-Família. Diante do números, a platéia de peemedebistas passou a questionar as razões da má performance do governo naquele Estado, dominado pela oposição. A Bahia é, de todas as 27 unidades da Federação, a que mais bate no governo Lula.

A certa altura do encontro, Dilma queixou-se de que alguns projetos importantes do governo estão parados no Congresso, como o do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Foi contestada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros. "Eu gostaria que a Sra. ressalvasse o Senado", ponderou ele. "O Fundeb está parado na Câmara. O Senado não está imobilizado, não. Está votando tudo."

A seu lado, a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) concordou. "A gente briga, mas a gente vota", observou.

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