O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou ontem (27) com políticos e
ministros sobre estratégias eleitorais para 2006, na viagem ao Pará, onde
inaugurou uma usina de biodiesel.
Com o objetivo de evitar um racha no PT
às vésperas do prazo de definição partidária dos candidatos para as próximas
eleições – marcado para outubro -, Lula começou a discutir a hipótese de a
convenção nacional petista ser antecipada de setembro para junho.
O clima
de instabilidade política e de disputa, indesejável ao governo, instalou-se no
partido, com o lançamento de candidaturas de representantes de facções mais à
esquerda, que querem tirar o comando partidário das mãos do presidente nacional
da legenda, José Genoino.
Além de impedir que as divergências internas da
sigla contaminem outras agremiações, Genoino está empenhado em fortalecer o
apoio no PMDB e criar logo um ambiente favorável para as alianças
regionais.
A composição do PT com os peemedebistas para 2006 é complicada
em alguns Estados e, se prevalecer a verticalização – que obriga os Estados a
repetirem a aliança eleitoral feita no plano nacional -, o quadro poderá ficar
ainda mais difícil, na avaliação de políticos dos dois partidos.
Esse
será o principal assunto da segunda rodada de conversas que o presidente da
República terá com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL),
e com o senador José Sarney (PMDB-AP).
Na sexta-feira (22), eles
encontraram-se e, por enquanto entraram em ação para amenizar o clima de
insatisfação interno das bancadas, sobretudo no Senado, onde a queixa da falta
de cargos federais nos Estados reflete nas votações de interesse do governo.
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