O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discute nesta manhã com ministros e técnicos medidas emergenciais contra os efeitos da seca na região Sul. Participam da reunião os ministros da Fazenda, Antonio Palocci; da Agricultura, Roberto Rodrigues; da Casa Civil, José Dirceu; da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernardo Appy.
Há cinco meses não chove na região. No Rio Grande do Sul, 412 municípios já decretaram situação de emergência. No entanto, o Ministério da Integração Nacional informou que os pedidos de ajuda feitos pelas cidades atingidas pela seca na região ainda estão sob avaliação.
Nessa quinta-feira, uma comissão coordenada pela Casa Civil visitou municípios de Santa Catarina. Ontem, a Casa Civil também recebeu integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), ligado à organização Via Campesina, para debater sobre a estiagem na região, em especial no Rio Grande do Sul.
Os agricultores apresentaram vários pedidos ao governo como a liberação do Proagro Mais – linha de crédito criada para atender os pequenos produtores vinculados ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Para aliviar os prejuízos dos agricultores familiares, o Ministério do Desenvolvimento Agrário prorrogou por 55 dias o pagamento da segunda fase do Bolsa-Seca Sul. Isso porque cerca de dois mil pequenos agricultores ainda não foram a uma agência do Banco do Brasil para receber o benefício.
A bolsa, no valor de R$ 300, é dada a quem não teve acesso ao crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), tem renda mensal média de até dois salários mínimos e perdeu no mínimo metade da safra. Mais de 54 mil agricultores da região Sul já receberam a ajuda.
