Em declaração à imprensa após o encontro que manteve hoje (16) com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que reconhece a necessidade de serem solucionadas as diferenças entre os sócios do Mercado Comum do Sul (Mercosul).
"O Brasil tem consciência de suas responsabilidades no seio do Mercosul. Como maior economia do bloco, estamos decididos a promover políticas concretas de distribuição equilibrada dos benefícios resultantes da integração regional. O Mercosul tem de beneficiar todos seus sócios", disse.
Lula citou ações que visam ao equilíbrio do bloco, como a criação do Fundo de Convergência Estrutural e as negociações para o fim da dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) e para atrair mais investimentos para os sócios menores, Uruguai e Paraguai. "Tudo no pressuposto de um Mercosul unido, apto a falar com uma voz única nas negociações comerciais internacionais".
No entanto, o presidente destacou que o "Mercosul de todos" só chegará com o fortalecimento das instituições do bloco, como o parlamento regional. "Somos um bloco de países soberanos e nossa grande virtude tem sido a de forjar uma união em que todos estão em pé de igualdade". Ele acrescentou: "O Mercosul é uma família, e, como toda família, temos por vezes nossos problemas, mas tenho a convicção de que saberemos resolvê-los pela via do diálogo e do entendimento".