O presidente e candidato à reeleição pela coligação a Força do Povo (PT-PCdoB-PRB), Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou hoje que construirá pessoalmente as bases de sustentação política de seu governo com o Congresso Nacional, num eventual segundo mandato. Em rápida entrevista coletiva, concedida após a divulgação de seu programa de governo, Lula disse, em tom bastante otimista: "Ao ser eleito, vamos ter uma vida nova, com novos deputados e vamos poder estabelecer uma nova relação. Tenho dito que vou construir esta relação pessoalmente com os partidos políticos.
Segundo Lula, a idéia é conversar com todos as legendas. Sem citar siglas, ele disse que as conversas não terão a finalidade prioritária de fazer alianças, mas sim de discutir projetos para o desenvolvimento do Brasil. "Não é possível alguém ter a estupidez de querer prejudicar só porque é um projeto do presidente Lula", alfinetou.
Ainda sobre as relações de seu eventual segundo mandato com o Congresso, Lula disse que as conversações com as legendas terão como meta usar "três quartos do tempo discutindo projetos para o Brasil e um quarto apenas para a disputa política".
Lula aproveitou também para criticar a não-aprovação do Fundo da Educação (Fundeb) e da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa no Congresso Nacional. "Essas coisas não podem acontecer", desabafou.
Para justificar o tom otimista da entrevista coletiva, Lula afirmou que trabalha com a hipótese de que tem grandes condições de ganhar as eleições deste ano. "Mas precisamos trabalhar muito ainda", ressaltou.
